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23
Out
2025
Destravando a Vida: Como as Traumas da Infância Moldam Nossos Comportamentos

Destravando a Vida: Como as Traumas da Infância Moldam Nossos Comportamentos

Você já sentiu como se estivesse vivendo com o "freio de mão puxado", mesmo quando tudo indica que deveria estar avançando? Muitas vezes, a resposta para essa sensação de estagnação está em travas inconscientes que carregamos desde a infância, verdadeiras amarras invisíveis que, sem que percebamos, continuam a ditar nossos passos na vida adulta.

As Raízes das Nossas Traumas: Ecoas da Infância
Nossa infância é o terreno fértil onde a semente da nossa personalidade é plantada. É um período de descobertas e aprendizados, mas também pode ser palco de proibições e limitações que, embora muitas vezes bem-intencionadas, deixam marcas profundas. Quantas vezes você ouviu "Cala a boca!", "Não chore por isso!", "Não olhe para lá!", "Você não pode sentir isso!"?

Essas mensagens, repetidas ao longo dos anos, ensinam-nos a reprimir nossa voz, a mascarar nossas emoções, a desconfiar do que vemos e ouvimos. Elas nos proíbem de sentir com liberdade, de expressar nossa individualidade e de sermos autênticos. O resultado? Uma parte de nós se encolhe, se enrijece, criando padrões de comportamento que se tornam uma segunda pele na vida adulta.

Comportamentos Rígidos: O Reflexo das Amarras Invisíveis
Na vida adulta, essas experiências não resolvidas se manifestam de diversas formas: dificuldade em expressar opiniões, medo de ser julgado, insegurança nos relacionamentos, procrastinação, ansiedade, crises de raiva ou tristeza sem aparente motivo. Agimos de maneiras que não compreendemos totalmente, reagindo a situações atuais com as dores e os medos do passado. É como se um roteiro antigo, escrito por nossas experiências infantis, continuasse a ser encenado em nossa vida presente.

Nossa espontaneidade é abafada, nossa criatividade contida e nossa capacidade de experienciar a vida plenamente fica comprometida. Sentimo-nos presos em ciclos repetitivos, buscando, inconscientemente, a permissão que nos foi negada ou a validação que não recebemos.

A Jornada de Libertação: O Poder da Terapia
Mas a boa notícia é que não precisamos viver reféns do passado. Existe um caminho para desatar esses nós e "destravar a vida". E esse caminho, muitas vezes, começa em um processo terapêutico.

A terapia não é apenas um lugar para falar sobre problemas; é um espaço seguro para se conhecer profundamente, para revisitar essas memórias antigas com um olhar novo e compassivo. É onde você aprende a:

Identificar as origens de seus medos e inseguranças.
Compreender como essas proibições moldaram seu comportamento.
Lidar com as lembranças dolorosas, não para esquecê-las, mas para integrá-las de uma forma saudável.
Ressignificar experiências passadas, transformando-as de feridas abertas em cicatrizes que contam uma história de superação.
Agradecer o passado, não por suas dores, mas pelas lições aprendidas e pela pessoa que você se tornou, mesmo com os desafios.
Ao embarcar nessa jornada de autoconhecimento, você começa a reescrever seu próprio roteiro. Você ganha a liberdade de ser quem realmente é, de expressar suas emoções de forma autêntica e de tomar decisões alinhadas com seus desejos atuais, e não mais com os ecos de antigas proibições.

Destravar a vida é permitir-se sentir, ver, ouvir e falar com a liberdade que lhe foi tirada. É entender que o passado não precisa ser um fardo, mas sim um degrau para uma existência mais plena e consciente.

Permita-se essa redescoberta. Sua vida adulta merece toda a liberdade e leveza que a infância, talvez, não pôde oferecer.

Aline Motta

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